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sábado, 10 de abril de 2010

Sensibilização

Ué, tá repetindo a aula? Não, não estou. Apenas aconteceu que hoje tivemos duas aulas de sensibilização. Uma inicial, com percebção e consciencia corporal e exploração de novos movimentos. E a outra será no outro post =P

A aula começou com o quê? uma chance! tsc, tsc, tsc… Caminhando e.. Alongamento!!! Ahêêêê!! (Y)

Tá, divertimentos à parte, vamos pra parte descritiva:

Começamos a caminhar e respirar, e aquele papo todo de como caminhar (posts anteriores têm as dikas de como caminhar preenchendo o espaço). [Dika da prof: o caminhar do ator, nessa de preencher o espaço, se não for bem executada, pode até já eliminar alguns numa determinada seleção de atores =P vaaaaai, troxa!] {dika do dia: a cabeça e o olhar indicam onde o ato de caminhar seguirá. Se for virar, a cabeça e o olhar viram e depois, então o corpo virará para seguir o foco que o olhar focou} {outra dika do dia: o caminhar é um pré-aquecimento e momento de concentração do ator. Então, não atrapalhe os demais membros do grupo de ensaio; foque somente em você, na sua respiração, no seu aquecimento e na sua concentração.}

A dinâmica começou com: uma palma e pára no lugar que estão e alongam a parte do corpo que a prof disser. Assim, todos continuaram caminhando, caminhando, mais rápido, mais rápido até que PALMA e: stop, todos páram. E então ela diz: PÉS! E então, corre na memória, alongamentos que trabalhem os pés e articulações que lá se situam. Depois de um tempinho, continua a caminhada no ritmo que estava. Mais rápido, mais, mais… PALMA: e agora os JOELHOS: e então parte para aquecer os joelhos, pernas e articulações que lá estão situadas, com exercícios e alongamentos que a memória se lembra. Logo, volta ao andar pelo espaço de ensaio, no mesmo ritmo, e PALMA: QUADRIL. E parte para os quadris. Alongar e exercitar todas as possibilidades de articulação dos quadris. Volta ao caminhar e então PALMA: as MÃOS. Depois, BRAÇOS. Então veio o TÓRAX, seguido do OMBRO e então PESCOÇO e CABEÇA.

Depois disso, juntam-se em duplas e cada dupla terá que se ajudar alongar, mantendo um contato corporal e explorando movimentos e alongamentos. Isso tudo, explorando os planos alto, médio e baixo. Então, também, dêem uma cambalhota dos avesso (de trás) pelo chão. E continuem a se alongar. Até que…

Até que todos se deitam no chão. E deitados, relembrem a sequencia que foi feita: primeiro os pés, depois  pernas, quadris, mãos, braços, tórax, ombros e por fim, a cabeça.

Com uma música ritmada (no exercício foi um ritmo de valsa: 1,2,3,1 – 1,2,3,1 – 1,2,3,1 só que numa música até que agitadinha). E com a música, explore cada movimentação e articulação, seguindo a sequencia das partes corporais que foi feitaa no alongamento. [lembre-se que a música não é fundo musical, mas algo para dialogar e sentir com o corpo, fundindo a música/melodia/ritmo com o gestual/movimentos/sensação corporal] Comece explorando toda a sequencia das partes corporais no plano baixo. E vai sempre num ciclo, repetindo a sequencia sempre que acaba. E seguindo a música. E quando perceber, você precisará explorar o plano médio, e continue com a sequencia, relembrando e explorando cada parte do corpo em sintonia com a musica. Até que então você já estará no plano alto e praticamente dançando, fundido à música ambiente. E nisso continua na sequencia, não perde a concentração. Pois desse clima que se estabeleceu, diretamente seguirá para o proximo exercício sem pausa.

A música é trocada (mas não por estar sem som, durante a troca de musica, que o corpo deve parar de dialogar com os movimentos) e a musica seguinte é algo mais intenso, que se faz com mais presença. E nesta presença que a prof ministra com sua narração: era para que nos imaginássemos como aborígenas da austrália, algo tribal, e estávamos em festa, interagindo com os outros. [nota mental: não vou descrever como sentia-me durante e exercício e nem o que fizemos, mas somente tentarei dialogar com a narração que nos foi ministrada. Isso, com o apelo que minha memória não é lááá aquelas coisas, então pode não vir algo tããão bom, mas o essencial, assim espero. =D ]

“E a pela interação, um membro que vai ao meio da roda é o líder do grupo, o qual lidera os aborigenas, incentíva-os. Não distinguindo-os por sexo ou idade. Cada um é um membro da tribo por igual. / Então, a tribo é divida em duas, bem distintas. E estas duas tribos devem marcar seus territórios {Lembrando que novos movimentos devem ser explorados, não ficar sempre repentindo as mesmas coisas} {não falar verbalmente palavras, pois estas tiraram a concentração estabelecida} Agora estas duas tribos entrarão em guerra, numa disputa. Algo bem definido e vislumbrável. / Então as tribos se apartam, contudo continuam se escarando.”

Nisso, a música é trocada por algo clássico, instrumental. Na troca, claro, observar para não perder o clima estabelecido, ou seja, não sair da concentração do jogo.

Com a nova melodia: “E agora, as tribos tornam-se elegantes damas e cavalheiros numa festa de época, num baile medieval. Contudo as duas tribos ainda são distintas. / E novamente, um conflito acontece entre as tribos. E esse embate continua até que então todos se acalmam pois soou a meia-noite. E à meia-noite algo de surpreendente acontecerá. Todos esperam pelo acontecimento da meia noite. E então …” (nota mental: aqui segue a história, se quiser continuar o jogo, ou então pára. Tudo à percepção da pessoa que conduz o jogo e a narração, que perceberá se a concentração está boa para continuar, ou se já esgotou e acaso continuasse não valeria a pena e por isso acaba. Deve-se isso à sensibilidade da pessoa que conduz o jogo. E tenho dito! =P )

Depois disso, todos em roda, e dialogamos enquanto grupo, as dificuldades, as facilidades, o que aconteceu com cada um de nós, do exercício, do jogo, se manteve a concentração, se não manteve. Pois o jogo se trata de aquecer, mas concentrar e sensibilizar com o clima da cena, com o desenvolver da história acontecimentos. E exploração de movimentação/gesticulação junto à concentração e criatividade. E, devo citar, se por algum acaso você perceber que houve um momento de obstáculo em si, por achar que seria dito ridículo ou por aachar-se tímido e “o que vão pensar de mim?” … isso é normal acontecer, mas o importante é que durante um exercício assim, o ideal é SE JOGAR, VAI FUNDO, VAI ATÉ AS ULTIMAS CONSEQUENCIAS e aproveite o embalo. Pois o teatro é um auto-conhecimento da pessoa do ator, um conhecimento que se a pessoa-ator se restringir, por alguma causa, demorará para se deliciar com o que virá a descobrir em si mesmo.

E tenho dito! xD

Até prox post: será na terça-feira!

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa, muito bom seu texto. Gostei bastante, parabéns :)