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sábado, 24 de abril de 2010

Expressão Corporal

Alongamento, alongamento, alongamento… Que bom que eu vou fazer yoga pra me fuder mais ainda! Enfim…

Depois de alongar, fomos para a normalíssima caminhada de sempre. E sempre, digo, aquelas dikas de como caminhar. E preste atenção mesmo, porque o andar no palco, é tudo!

Bom, caminhando, a prof pediu para que jogássemos o bambu uns aos outros. Até 50 trocas de bambus, por entre todos os membros da sala. Depois, correndo, fizemos mais 100 trocas de bambus. (pra aquecer). As trocas feitas pelas pessoas são feitas num ritmo rápido; as trocas não são demoradas. E uma dika pra este exercício: toda a concentração do grupo deve estar no bambu – é ele que é o foco de todos os atores. E ninguém deve se desvencilhar do bambu, ao contrário, como se fosse numa cena, todos devem manter o ritmo e não deixar a cena cair. Pra isso que tb serve o exercício do bambu.

Depois de tanto jogar bambu pelo espaço cenico de ensaio – ah, nao esquecer que mesmo jogando o bambu, deve-se lembrar de preencher o espaço e andar conforme as dikas tantas vezes repetidas – bom, voltando, depois do exercício do bambu, voltamos a caminhar pelo espaço ao ritmo ditado pela prof (era o barulho do bambu sendo batido no chão). Bom, então caminhamos hiper rápido até o mais devagar, dando algumas stopadas pelo caminho (stopadas = vem do verbo stopar, stop, parar, virar estátua, não mexer um centímetro qualquer, mas sempre estando concentrado na respiração, equilíbrio e no foco do jogo).  Depois de andar igual umas baratas tontas ( até que parece sim! =P mas eu gosto!!!) daí deu um STOP e voltou com o ritmo-do-bambu ditando o ritmo dos movimentos das articulações. Então também ao som do ritmo bambuzado da prof fomos de slow-motion até michael schumacher no movimentar das articulações (todas, e quando digo todas é TODAS MESMO!) sempre também dando umas STOPadas pelo exercício para ver se estávamos concentrados no SOM das batidas ritmicas do bambu!

Depois disso, o bambu enfim foi deixado de lado e voltamos a caminhar pelo espaço cenico. (aproveitando o momento pra relaxar e respirar e descansar dentro do possível da caminhada, nao deixando ninguém perceber que você está com esta intenção, pois você segue as dikas de como caminhar e não se revelar!!)

Bom, caminhando então (e já mais do que aquecidos) a prof entrou num exercício de exploração dos movimentos corporais. Bem, estávamos caminhando, certo?, entao que ela pediu para que imaginássemos que uma linha que saía do TOPO DA CABEÇA e nos puxava para cima. Imaginar isto contudo andando para frente. Então num momento depois, ela falou que essa linha do topo da cabeça nos puxava tanto que até atrapalharia no caminhar. Depois disso, ela falou que uma linha imaginária estava puxando A PONTA DO NARIZ. E como nosso corpo reagiria a isso? Caminhávamos imaginando que essa linha interferia no jeito de caminhar. Depois a linha passa para a ponta da ORELHA DIREITA, puxando para a direita. Ela nos afeta, mas não por isto deixamos de andar para frente. Depois a linha vai para a ponta da ORELHA ESQUERDA e puxando para a esquerda. E mesma coisa, mesma situação. (sempre a linha irá afetar no modo como o corpo se comporta ante a uma parte do corpo que é puxada, e isso se refletirá no modo de caminhar da pessoa – explicando a grosso modo). Depois duas linhas puxam as duas ORELHAS alternadamente durante o caminhar. Depois a linha vai puxar os OLHOS para frente, saltando os olhos para frente do corpo. Como se estivessem no centro da íris, puxando, igual desenho animado que os olhos vão para a frente do corpo. Depois a linha vai puxar a PONTA DA LINGUA pra frente. Como a língua se comportará? Como a cabeça se comportará em relação a isso? O legal é tomar consciencia de como o corpo se comporta nestas diferentes hipósetes, variando a intensidade também, do movimento exageradérrimo ao sutil. Explorando cada movimento proposto pela linha que agora vai puxar a NUCA para trás, contudo, não por isto, deixaremos de andar para frente. Depois da nuca, a linha vai puxar o QUEIXO para baixo. Depois ela puxará os OMBROS para cima. Depois irá alternar a intensidade de puxada de CADA OMBRO, deixando para que a pessoa-marionete brinque com esta situação. Depois a linha vai puxar os OMBROS PARA FRENTE. Depois a linha puxa o CENTRO DA CAIXA TORAXICA – o peito – para frente. Depois a linha imaginária puxa a mesma caixa torárica para trás, mas a pessoa andando para frente. Depois a linha vai para o UMBIGO puxando para frente. Depois puxa o umbigo para trás. Depois a linha puxa as NADEGAS para trás. (daí pra frente e exercício já está interessante e o povo ja entendeu e a exploração dos movimentos interessante a cada parte do corpo que a linha puxa). Depois a linha vai puxar CADA OSSO LATERAL DO QUADRIL para um lado, como aconteceu com as orelhas. Depois a linha puxa os JOELHOS para cima. Depois os JOELHOS PARA FRENTE. Depois puxa o CALCANHAR para trás. Depois a linha imaginária puxa o PEITO DO PÉ para cima. Depois o peito do pé para frente. Depois a linha puxa os COTOVELOS para trás. Depois os COTOVELOS PARA CIMA.

Depois a prof pediu para escolhermos uma das variações que nos interessaram durante o processo do exercício – uma das linhas imaginárias puxando alguma parte do corpo – e que voltássemos a praticar este movimento que nos interessou. Cada um a partir daí trabalha sozinho, explorando seu movimento. Nisso, é pedido para que a pessoa busque todos os jeitos de intensidade do movimento proposto, explorando ao máximo o jeito de caminhar que a linha que ele escolheu promove. E nisso, também, tomando consciencia do movimento e com qual tipo de gente esse movimento parece – o que a prof pede é para que observemo-nos a nós mesmos caminhando e nisto compreendessemos com quem se parece esta forma de caminhar: um velho, jovem, maloqueiro, bicha, modelo, mulher, enferma, etc etc etc…

Feito isto, então a prof separa as pessoas (que ainda caminhavam pelo recinto) em pequenos grupos e então propõe para estes grupos que cada qual proponha uma cena na qual os personagens utilizem o modo de caminhar que cada um do grupo escolheu – ou seja, cada pessoa fará um personagem que ande como ela estava andando mas que esteja inserido dentro de uma cena. E nesta cena, o diálogo está permitido. A regra do jogo é utilizar o caminhar e montar uma cena normalmente (começo, meio e fim).

Bom, depois de ficarmos quase 20min tendo a idéia de cena, ensaiando, propondo idéias, Então que todos foram apresentar as cenas desenvolvidas. Depois de apresentar todas as cenas, é aberto um momento para diálogo do exercício, o que achou, se foi difícil, interessante, fácil, comentários em geral, percepções, etc etc etc…

E então, enfim, é hora de tomar água pra troca de aula, ou seja, fim de aula!!!

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