Barra das Guias

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Práticas...

Olá gente que visita aqui (se é que alguém visita isso aqui ainda!) voltei pra contar o me aconteceu neste tempo que fiquei off e atualizar umas coisinhas... Bem, vamos monologar:

Não sei desde quando eu parei de fazer as diárias postagens daqui. O problema foi que eu tava abarrotado de coisas para meu tcc e para a vida em geral (sou ocupado, benhê!). Porém as aulas de teatro seguiram seu percurso... faltei umas várias aulas (coisa que não faço) então nem saberia o que postar aqui. E outras vezes minha mente tava tão ocupada com outra coisa que eu não teria tempo de fazer a análise mental para vir aqui e regurgitar a aula inteira como fazia.
Enfim, tirando estes obstáculos, vou tentar descrever como as coisas se sucederam:

As aulas de voz continuaram com as mesmas práticas, um ou outro exercício diferente para aquecimento da voz e do diafragma e mta música e cantoria (até porque a pequena peça que estávamos fazendo tinha uns cantos que adaptamos) E era nestas aulas de voz que a gente ensaiava as músicas.

As aulas de expressão corporal foram as mais "peixe fora d'água" das aulas. Começou não tendo nada a ver com a peça que teríamos. Era como se a aula fosse à parte da interdiciplinariedade, uma excessão à regra. Por isto que alguns colegas e eu fomos à prof e dialogamos sobre a interdiciplinariedade, falamos se poderia esta aula nos ajudar a achar uma corporalidade para os personagens e para a cena em si - que estava (e ainda está um pouco) mto pobre.

E as aulas de ensaio prático foram as terríveis. Pensa num negócio ruim: agora multiplique por 2. Era estas aulas práticas do ensaio para a peça Amor por Anexins do Artur Azevedo. A gente não ensaio paçocas até quando enfim definimos a "proposta" (palavrinha filhadumaputa que acompanha o fazer teatral.. kkkkk) Mas enfim conseguimos definir a tal proposta da nossa peça, e então buscamos pensar um modo de torná-la possível.
Ensaio atrás de ensaio a gente pouco conseguia (e o motivo? Agora na reta final eu compreendo que foi a falta do "decorar o texto" - pois só depois do texto decorado é que então conseguimos trabalhar a cena e melhorá-la.) Até semana passada (faltando 2 semanas para a apresentação final) a gente ainda ensaiava com os papéis do roteiro na mão porque ninguém tinha decorado. E pouco adiantava os ensaios. Quando enfim ensaiamos sem o papel em mãos, com o texto decorado, então que a cena ganhou vida e pudemos ensaiar sem medo de ser feliz - improvisando, criando, melhorando, aperfeiçoando...
Outra coisa que queria deixar claro aqui, para ainda quem se habilita em ler este blog, é que o prof foi uma questão chave para a realização desta peça. Uma questão chave no sentido que, ao invés de motivar a nós alunos-atores a fazermos algo de concreto ou até mesmo fazermos sentar e decorar o texto, não! Desta vez, nesta peça, o obstáculo enfrentado por nós alunos-atores foi o a falta de pró-atividade do prof para que nós alcançássemos a lua! Ele ficava apenas monologando a nossa falta de pró-atividade e falta de interesse. E também não propunha meio para que conseguíssemos ultrapassar o que nos prendia: queria que nós achássemos a solução por nós mesmos - o que por um lado é bom, mas por outro... explicarei: (se não quiser ler a explicação, pule este próx paragrafo inteiro)
O que aconteceu foi que o prof deixou que nós buscassemos desenvolver a peça por nós mesmos, sem a ajuda dele. Parecia que estávamos sozinhos tentando e tentando sem o auxílio de ninguém. Não parecia que estávamos no nível iniciantes de um curso de teatro ainda. Então tudo caminhava sem rumo para nós... Eu entendia que era um jeito brusco para nos fazer amadurecer no fazer teatral, mas embora fosse um método de ensino deste prof, nos parecia um tormento e não um ensino. E talvez por isso que não decoramos o texto em tempo, não conseguiamos desenvolver o ensaio a contento, conversávamos e nos distraíamos o tempo inteiro... Poucas as vezes que conseguimos em um só ensaio passar o texto inteiro.
Então que, quando enfim passamos a peça inteira, com tudo decorado (isto no último ensaio, a menos de 5 dias atrás) que então o prof se transformou e se mostrou presente em aula. Começou então a sugerir imagens cênicas e a orientar os alunos dentro da peça: ou seja, começou a dirigir a peça.
Como aluno eu não estava satisfeito com este jeito do prof de se portar em aula, mas como ator, este diretor fez uma das melhores coisas para que eu amadurecesse: foi um outro jeito para que eu pudesse chegar à criação teatral. Um jeito um tanto empírico - de teste-e-erro - mas valeu a pena ter esta sensação experimentada.
Contudo, como aluno-ator, fico triste por ter levado tanto tempo e com isto, ter levado a peça para o fundo do poço. A peça foi cortada metade e resumida, por esta falta de tempo. Uma das consequencias deste método. E também a interpretação foi prejudicada, pois menos tempo temos para aprimorar, criar, melhorar e ensaiar a interpretação desejada. Enfim...

Coisas importantes aprendemos: decorar o texto em tempo hábil, e depois haja a interpretação do texto; Ter a proposta da peça em tempo hábil e com justificativas plausíveis para a encenação ser realizada; e não fica monologando demais nos ensaios, porque é tempo perdido e sem nenhum proveito.

Acho que foi um resumão do que me aconteceu até agora desde quando parei de escrever aqui no blog. Ainda tenho dois ensaios antes da apresentação. Talvez o próx post seja o da apresentação já.

Até

Um comentário:

Maíra disse...

Sem duvida o maior aprendizado dessa etapa foi que : o texto tem que ser decorado logo nos primeiros ensaios, so nos sabemos qts ensaios foram perdidos, na verdade o unico ensaio realizado foi o da aula passada, o que com consequencia nosso desempenho sera prejudicado.
mas ainda dara tudo certo :D